quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Nuovo Cinema Paradiso

Por fim tive o prazer, há muito adiado, de visualizar uma das mais apaixonantes obras que a história do cinema testemunhou. Abrigo de uma emocionalidade contagiante, Nuovo Cinema Paradiso eleva o verdadeiro sentido da 7ª arte, a uma ínvulgar beleza moral e dramática.
Uma obra da autoria de Giuseppe Tornatore ("Una pura formalità"), que retrata uma peculiar e profunda história de amizade nascida e criada entre as quatro paredes de um velho cinema de aldeia. Molto bello.

Fica a sugestão...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Racionalidade corrompida!

"A crença em Deus subsiste devido ao desejo de um pai protector e de imortalidade, é como um ópio contra a miséria e o sofrimento da existência humana."
                                                                                                                                                
                                                                                                             Sigmund Freud

Num agradável passeio pelo Alto Alentejo, tive a oportunidade de encontrar alguns "caminhantes religiosos", que anualmente fazem a sua marcha de fé, com destino a Fátima. Este inesperado confronto deixou-me a pensar sobre as causas de tal sacrifício.
É certo que a fé move montanhas, no entanto, é igualmente certo que a fé cega a razão. Em busca de uma cura espiritual ou de um consolo emocional, crédulos peregrinos enriquecem uma iludida lealdade.
A religião é um fenómeno social pleno de crenças e doutrinas diversas. Sendo a igreja católica, em particular, uma das maiores multinacionais a nível mundial, que envolve os seus "clientes" num clima de culto a divindades originárias na fértil imaginação humana.
A necessidade de encontrar um meio de conforto para o sofrimento humano, assim como a incessante busca de uma justificação para fenómenos supostamente desconhecidos, levaram o Homem a criar a religião, a criar Deus.
Ao exercer total domínio sobre a arte de manipular a razão, o meio religioso alimenta-se da ignorância e da debilidade humana. Fiéis subjugam a sua vontade à vontade de Deus, doando o seu livre-arbítrio a uma instituição social e financeira que censura a diversidade de opiniões.
Apesar de toda esta abordagem ateísta, reconheço que renunciar a influência da religião na sociedade é uma mera utopía. Todo o cepticismo é facilmente derrubado em situações que exploram o limite da capacidade humana. Quando o Homem se encontra em momentos de crise profunda, dificilmente se rege pela fé nas suas capacidades. O trilho traçado segue a imagem transcendente de Deus. "Não existem ateus nas trincheiras!"

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meras teorias?

Recentemente, vi um documentário intitulado - Nostradamus 2012 - e confesso que me deixou a reflectir. A profecia de que o mundo, tal como nós o conhecemos, vai acabar no dia 21 de Dezembro de 2012, é o âmago desta obra documental.
O profeta francês Michel de Nostredame, mais conhecido por Nostradamus, apontou esta intrigante data como o início de um extenso período de reconstrução do nosso planeta. A vida e os hábitos vigentes até então, entram num cataclismo causado por um incrivel e raro fenónemo astrológico que acontece apenas a cada 26 mil anos. Este acontecimento consiste no alinhamento do sol com o centro da Via Láctea, sob o ponto de vista da Terra. Algo que nos deixará na escuridão, em busca de um novo amanhecer.
As teorias contemporâneas aliam-se a esta ideia, afirmando que o ano de 2012 será o palco temporal do chamado efeito dominó, onde os vários pontos em ruptura na nossa sociedade actual irão convergir e assumir proporções catastróficas. Guerras serão desencadeadas, o sistema económico global ruirá por completo e a fome irá alastrar-se.
Confesso que o meu profundo cepticismo e um quase extinto optimismo, não me permitem corroborar com estas visões apocalípticas. No entanto não me impedem de reflectir sobre o estado actual no nosso mundo; sobre o caos económico global; sobre a constante subida dos niveis de poluição atmosférica que origina uma quase irremediável diminuição da camada de ozono e a um agravamento do efeito de estufa; sobre a preocupante propagação de doenças, até ao momento, incuráveis; sobre os efeitos de uma possível catástrofe nuclear.
Será esta centralização de datas e de acontecimentos, uma mera coincidência?

Provavelmente....