quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Conhecimento Mudo!

"Conhece-te a ti mesmo!"
                          
                         Sócrates

Uma expressão plena de uma complexa simplicidade. Exibe traços de uma dissimulada inocência. Será pertinente afirmar que possuímos um conhecimento real sobre outrem, quando o conhecimento próprio é uma obra inacabada?
É de uma extrema comodidade tecer comentários nocivos sobre alguém que não nós próprios. Eleva-nos acima de uma idiossincrasia plena de defeitos que, por mero conforto, é assumida como algo que nos é alheio. Considero errónea a ideia de que nos devemos moldar por juízos exteriores, tendo em conta a imperfeição inerente a toda e qualquer personalidade. Reconheço a manifesta relevância de um constante crescimento interior, no entanto, este deve ser sustentado por um verdadeiro conhecimento pessoal, pois "poucos são aqueles que vêem com os seus próprios olhos e sentem com os seus próprios corações".
Nunca é demasiado tarde para sermos aquilo que devíamos ter sido. É primário lutar pelo que queremos ou desejamos, por necessidade ou capricho, altruísmo ou mera vaidade, com a ambição de nos sentirmos completos. Não alimento o cliché de um inequívoco êxito inerente a uma genuína vontade, porém o ensaio já é por si só o espelho de um carácter. Aliado à construção de um perfil, está o agridoce sabor do inesperado, recorrendo a Antoine de Saint Exupery - "Um único evento pode despertar dentro de nós um estranho totalmente desconhecido!"

Sem comentários:

Enviar um comentário